MAUÁ ESTÁ COM AS PORTAS ABERTAS PARA CORRUPÇÃO
O tema Combate a corrupção é uma das bandeiras do IPD-Instituto de Políticas de Direita e para contribuir com esse debate conversamos com Dr. Davi Silva, Presidente do IPD.
Pergunta: Como fechar o cerco da corrupção no poder público?
Resposta: A corrupção é sintoma de uma doença crônica no poder público e as pessoas preferem cuidar dos sintomas do que realmente atacar as causas, então é necessário utilizar os remédios que existe na Lei para fechar esse cerco.
Pergunta: Quais são esses “remédios” ou meios, existem ou tem que ser feitos?
Resposta: Por incrível que pareça já existem, mas propositalmente não são utilizados. Nos casos de contratação por pregão eletrônico por exemplo, eliminaria, fecharia uma porta para facilitar a corrupção, e outras Leis de licitação e transparência nas contratações que deixaria as coisas mais claras.
Pergunta: E porque isso não é colocado em prática se tem Lei?
Resposta: Boa pergunta, porquê?, Bem como já vimos, o sistema é refém de custos altos para se eleger e se manter no poder. As campanhas são caras e pagar por esses apoios requer práticas fora da Lei.
Pergunta: As eleições ajudam a resolver isso?
Respostas: Não e sim ao mesmo tempo, não porquê o sistema já nasce com o processo contaminado, os partidos buscam pré candidatos e para formar chapa oferecem alguma vantagem, e quem financia isso? Quem tem interesse e vai depois cobrar, isso é normal, o que obriga ações, influências, jeitinhos, enfim é o custo do apoio. Agora sim, as eleições podem ajudar, os finaciamentos feitos pelo povo pode eleger candidatos que não tem compromisso com empresários ou com políticos que investem na campanha e depois querem ver seus interesses defendidos, mas isso vai levar tempo para conscientizar o eleitor.
Pergunta: Qual a atuação do IPD no combate à corrupção?
Resposta: Nossa contribuição é consultiva e também executiva na formatação de treinamentos e propostas para planos de governos no sentido de como colocar em prática ações que já existem e outras que podem ser aperfeiçoadas ou criadas para impedir ou fechar o cerco para práticas ilícitas.
Pergunta: Qual o balanço que o IPD tem da sua atuação?
Resposta: Concretamente não fizemos grandes coisas, estamos avançando pelo fato de colocar esse debate de forma aberta aos nossos associados, não é confortável tratar esse tema num ambiente não favorável pra enfrentar essas questões.
Pergunta: Mas esse momento é o mais oportuno, as eleições estão aí, ou serão canceladas?
Resposta: Não, não haverá cancelamento das eleições, talvez possa ser adiada. Quando me refiro a não ser confortável, é o fato que a maioria dos pré candidatos se prepararam ou armaram seus times obedecendo essas regras que entendemos impede uma discussão coerente, o jogo começou mal.
Pergunta: Mas vocês aceitaram jogar o jogo?
Resposta: Sim, mas não jogamos sozinho. Você já deve ter escutado a história do “bode na sala”, então é assim que nos sentimos, incomoda, querem tirar mas não sabem como, mas acreditamos que é necessário marcar presença e deixar claro, não há outro caminho, ser conivente ou fazer vistas grossas para práticas que permitem a corrupção apenas falando não resolve.
Pergunta: O que o IPD espera dessa eleição?
Resposta: Esperamos defender o que acreditamos, ou seja, combate à corrupção com foco em mudar à cultura, ou seja atacar as causas. Eu não recordo têm enfrentado algo tão terrível e insistente como a corrupção, as vezes você observa pessoas bem intencionadas, mas que são coniventes com esse sistema, a ocasião não permitem que tomem posições independentes.
Colaboração Ruth Aguiar
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